Gravidez na adolescência no Brasil – Evite agora para não chorar depois
Esforços de Prevenção no Brasil
O Brasil tem feito iniciativas importantes para diminuir as taxas de gravidez na adolescência.
Um exemplo positivo foi a instituição da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que promove a necessidade de divulgar informações sobre métodos preventivos e educativos.
Além disso, há uma ênfase crescente na importância da educação sexual nas escolas, como evidenciado pelo projeto Núcleo de Adolescentes Multiplicadores (NAM), que promoveu discussões sobre sexualidade em um contexto escolar do Rio de Janeiro.
Porém, essa educação sexual é questionável sobre seus efeitos pois há um debate entre duas linhas de pensamento: 1) Essa educação visa promover métodos contraceptivos para reduzir a gravidez na adolescência ou 2) Tal educação terá o efeito contrário, ou seja, irá desperar prematuramente o início da vida íntima dos jovens e levar ao aumento da gravidez na adolescência?
Como medida preventiva, a distribuição de contraceptivos gratuitos tem sido uma estratégia chave.
Só que essa estratégia não surte efeitos importantes pois cada indivíduo vai lidar com isso de uma forma diferente, e a realidade é que esses contraceptivos são deixados de lado.
Por isso, é necessário retomar o debate sobre a conservação do amadurecimento natural dos jovens de maneira que eles tenham chance de crescer e de se desenvolver intelectualmente e emocionalmente antes de tudo, para só depois então começar a ocuparam-se sobre a vida conjugal.
Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência
A Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência é uma iniciativa crucial para iluminar os caminhos da prevenção, com um foco especial em informar e educar a população sobre a importância de evitar a gravidez precoce.
Esta campanha, estabelecida pela Lei nº 13.798/2019, destaca a necessidade de discussão e divulgação de informações acerca de métodos contraceptivos e educação sexual.
Durante a semana, são realizados eventos e atividades que buscam envolver a sociedade e estimular o apoio à causa.
O engajamento público é incentivado através de parcerias entre instituições de ensino, secretarias governamentais e unidades de saúde.
Estas ações visam promover a sensibilização e o acesso a recursos e serviços que ajudem na prevenção da gravidez na adolescência.
Para aqueles que buscam ajuda e orientação, existem espaços como as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e o Adolescentro, onde adolescentes podem encontrar suporte, informações sobre métodos contraceptivos e atendimento especializado.
A participação ativa da comunidade e o suporte contínuo são essenciais para o sucesso dessa iniciativa. Mais informações sobre como se envolver e apoiar podem ser encontradas no portal da Agência Saúde-DF.
Necessidade de Mudança e Ação
Diante dos desafios impostos pela gravidez na adolescência no Brasil, torna-se imperativo um chamado à ação.
Essa não é uma questão isolada, mas sim um reflexo das desigualdades sociais e lacunas em políticas públicas que afetam diretamente a saúde e os direitos humanos das jovens.
A persistência de altas taxas de nascimentos entre adolescentes evidencia a necessidade de intensificar ações e fortalecer as estratégias de prevenção e educação.
É fundamental que todos os setores da sociedade se mobilizem, desde a esfera pessoal até a coletiva. Os direitos reprodutivos e a atenção à saúde das jovens devem ser prioritários na agenda dos ministérios e instituições de saúde.
A adoção de um diálogo aberto sobre sexualidade e planejamento familiar é crucial, assim como a garantia de acesso a orientação e cuidados pré-natais adequados.
Não podemos nos esquecer que a maternidade precoce está enraizada em uma complexa rede de vulnerabilidade e falta de informação.
Portanto, além de abraçar programas como o Programa Viver, é hora de cada um de nós contribuir para a construção de um futuro onde as adolescentes possam vivenciar a juventude plenamente, sem as consequências duradouras da gravidez não planejada.
É um investimento no bem-estar de nossas meninas e no progresso da nossa nação.
Uma questão para refletir
Se você é pai ou mãe, procure usar de todos os recusos disponíveis para afastar seu filho da sexualidade precoce.
Sabemos que isso é muito difícil, sobretudo devido ao uso indiscriminado do celular e das redes sociais.
Porém, tudo é uma questão de conversa e de educação. Às vezes, somos levados a fazer para os nossos filhos algo que “todo mundo está fazendo”. Mas seu filho não é todo mundo.
Há tempo certo para tudo na vida. A precipitação raramente é um caminho acertado. É vital que as crianças e adolescentes primeiramente construam uma sólida saúde emocional e psicológica.
O envolvimento emocional com outras pessoas requer maturidade, prudência e sensatez. O namoro precoce pode levar a resultados inesperados e que podem afetar profundamente a vida de toda a família e principalmente do próprio adolescente.
Naturalmente que, se uma gravidez na adolescência acontecer, convém que aquela nova vida seja acolhida com todo o amor e carinho.